Dr. Marcelo Leitão, Diretor da SBMEE, participa de matéria sobre Eletrocardiograma para o site Viva Bem – UOL.
Reportagem: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2024/09/20/diagnostico-de-fibrilacao-atrial.htm
Especialistas ouvidos por VivaBem destacam a possibilidade de usar o aparelho para acompanhar condições, como arritmias, mas fazem a ressalva de que é preciso a interpretação dos valores por um profissional.
“Este exame, que tem mais de 120 anos de existência, ainda é extremamente útil e atual. No entanto, exige a interpretação feita por um profissional porque existe uma série de nuances e detalhes”, diz Marcelo Leitão, cardiologista, especialista em medicina do exercício de esporte e diretor científico da SBMEE (Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício de Esporte).
“Não é fácil para o leigo entender as variáveis expostas no ECG e suas correlações clínicas”, afirma Brivaldo Markman Filho, professor titular de cardiologia da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e chefe do serviço de cardiologia do Hospital das Clínicas da UFPE, vinculado à Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares).
A medição sistemática, no entanto, pode ajudar no rastreamento da arritmia atrial em pessoas que ainda não tem o diagnóstico e o acompanhamento da arritmia, quando já há o diagnóstico, segundo Weimar Barroso, presidente da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia).
Com isso, há chance de aumentar a adesão aos tratamentos, que incluem medicações, como anticoagulante, e o controle da frequência cardíaca.
“Esses aparelhos portáteis permitem obter um número maior de registros e informações. Muitas vezes, a pessoa que tem uma queixa de palpitação faz o eletrocardiograma no consultório e não apresenta nada naquele momento. Ela pode até fazer outro exame, o holter, que monitora os batimentos por mais tempo e também não aparecer nada. Com o auxílio do dispositivo portátil, a pessoa faz o registro no momento em que sente a palpitação para, assim, identificar eventual arritmia, possibilitando o diagnóstico e um tratamento mais apropriado.” – Marcelo Leitão, diretor científico da SBEE